Histórico

O projeto INSANE nasceu do desejo do Professor Roque Pitangueira em desenvolver um ambiente interativo de análise estrutural para utilização como recurso didático em disciplinas de graduação e pós-graduação em engenharia, assim como base para pesquisas na área de métodos numéricos para engenharia. Com este objetivo, ele procurou alunos dispostos a trabalhar com este tema, tanto na iniciação científica, quanto na pós-graduação.

Um dos primeiros a aceitar tal desafio foi Flavio Fonseca, então aluno do quarto período de graduação em Engenharia Civil na UFMG. Este aluno concebeu a base do núcleo numérico do INSANE, assim como a primeira interface gráfica do sistema, tanto para o pré quanto para o pós-processamento. Tal trabalho é considerado o início do INSANE, pois criou as premissas fundamentais do programa: facilidade de uso, código livre, utilização da linguagem Java e total separação entre núcleo numérico e interface gráfica.

Durante o início de seu desenvolvimento, o INSANE foi denominado provisoriamente de JProg. A necessidade de criação de um nome mais expressivo era evidente. Durante uma viagem a Itajubá, onde participariam de um congresso, e após longa discussão, o professor Roque Pitangueira e o aluno Flavio Fonseca chegaram a um consenso: INSANE. Este acrônimo significa Interactive Structural Analysis Environment, ou seja, ambiente interativo de análise estrutural, o que reflete o objetivo inicial do projeto. Entretanto, com a generalização do sistema, podendo este ser estendido para áreas diferentes da análise estrutural, utiliza-se atualmente o nome INSANE sem se preocupar em dar um significado a ele.

Este nome encontrou certa resistência da comunidade docente inicialmente, que não o julgava “sério o suficiente”. Entretanto, devido à grande aceitação por parte dos alunos e por representar o sentimento de seus desenvolvedores, o nome tornou-se muito bem aceito.

Assim como para o nome, a escolha de uma logomarca para o sistema gerou uma longa discussão. A primeira logomarca foi criada em 2004 pelos alunos Flavio Fonseca e Marco Brugiolo a partir da sugestão da arquiteta Isabela Teobaldo, então aluna do mestrado em Engenharia de Estruturas da UFMG. No período de 2006 a 2007, diversas logomarcas foram criadas na tentativa de encontrar uma com maior identificação com o projeto. Porém, nenhuma agradou.

Antiga logomarca do INSANE

Em 2008, a artista plástica Maíra Caldas foi contactada pelo professor Roque Pitangueira e se comprometeu a criar uma nova marca, baseada em sugestões feitas pelos colaboradores do projeto. Após inúmeras tentativas, chegou-se a um consenso: o moinho de ventos.

Nova logomarca do INSANE.

O moinho de ventos remete à idéia da loucura de Dom Quixote de la Mancha, personagem do livro de mesmo nome escrito pelo espanhol Miguel de Cervantes, uma da maiores obras-primas da literatura mundial. Portanto, além de ser uma estrutura dinâmica, com suas pás móveis, o moinho ainda tem uma ligação implícita com o nome do projeto, o que agradou a todos.

Em 2005, o INSANE passou a ser utilizado como recurso didático na disciplina Análise Estrutural I do curso de Graduação em Engenharia Civil da UFMG.

Atualmente, ele é formalmente usado como recurso de apoio das disciplinas Análise Estrutural I, Análise Estrutural II, Introdução ao Método dos Elementos Finitos, do curso de Graduação em Engenharia Civil; Análise Estrutural e Método dos Elementos Finitos, do curso de Graduação em Engenharia Mecânica; Método dos Elementos Finitos, Computação Aplicada à Engenharia e Mecânica Computacional do Concreto, do curso de Pós-Graduação em Engenharia de Estruturas, todos na UFMG.

Em 2007, financiado por um projeto de pesquisa da FAPEMIG, foi criado o Laboratório de Software Livre, no Departamento de Engenharia de Estruturas (DEES) da UFMG, apelidado de INSANELAB. Neste laboratório são disponibilizados computadores com todas as ferramentas necessárias para o desenvolvimento do INSANE, além de possuir um servidor próprio, tornando o projeto independente do servidor geral do DEES. O laboratório também é um ponto de convivência dos diversos colaboradores, estimulando a troca de conhecimento e o desenvolvimento colaborativo, dois dos principais objetivos do projeto.